oi, pedro-quase-adulto
bom dia, boa tarde, boa noite, boa madrugada, feliz aniversário meu rei

não estou 100% apto a escrever essa carta agora, pra ser honesto. minha mente quer falar muito, mas sem muita organização. além disso, tô meio cansado e com bastante a ser feito ainda - como, hoje, tentar fazer uma redação e, amanhã, o enem. dito isso, tenha em mente que essa carta poderia ter uma qualidade muito superior, mas se contente com um possível fracasso escrito.

seguindo os clichês das outras cartas, digo que estou escrevendo isso porque eu li uma carta antiga - enviada em junho de 2025 - agora. foi genuinamente inspiradora. fez-me refletir sobre o quanto eu mudei, a minha situação atual e qual é o meu verdadeiro potencial acerca de todos os tópicos da nossa vida. em geral, percebi pontos muitos positivos para tudo; poucos pontos ruins.

resumindo, o contexto atual da minha vida é esse:

- eu sinto que estou apaixonado, mas não profundamente. quero levar isso devagar, mas sem esfriar. note que eu citei isso como a primeira pauta. isso tá virando minha mente ao avesso, mas não de maneira ruim. ela é uma pessoa incrível, sério. não quero afirmar muito, ainda, porque, embora eu sinto uma conexão muito boa entre nós. você sabe do que eu to falando, cara. espero que tenha dado certo, de verdade.

- em relação aos estudos, posso garantir que estou em minha melhor fase, tanto em esforço, quanto em desempenho. a minha paixão me fez focar, com afinco, em minha vida. por causa disso, tenho estudado, em média, 2 ou 3 horas por dia por algumas semanas. evidentemente, isso não é muito, pois quero alcançar 6 a 8 horas de estudo todos os dias, sem contar as aulas. creio que a plataforma assaad - e espero muito que você tenha comprado - possa me ajudar nisso.

já ao desempenho, é claro que eu estou em minha forma máxima - não confunda com potencial máximo. inevitavelmente, preciso citar o resultado do segundo simulado do ano. nele, a gente conseguiu 139/180 questões - o nosso máximo, até então. sem surpresas, ficamos em primeiro da sala e sofremos uma evolução positiva incontestável, visto que esse simulado é mais difícil que o primeiro e nós conseguimos um resultado melhor. tenho orgulho de nós.

socialmente, digo que estou em minha melhor fase. chega a ser meio incômodo dizer que "sou uma pessoa mais sociável", mas não é mentira. consigo, com maturidade, e, por meio de uma escuta ativa e troca sincera de sentimentos e pensamentos, manter um diálogo com alguém interessado em conversar. além disso, não sou mais tão estranho no contexto social. acredito que isso é uma mistura complexa de fatores, mas foi o suficiente para eu arranjar novas amizades e fortalecer laços com antigas amizades.

- no quesito "amizades", sinto-me meio perdido, honestamente. é como se eu não me encaixasse direito em todos os grupos, mas, ainda assim, faço parte deles. parte importante, na minha visão.
exemplificando, é pertinente eu afirmar que, no bu, não me sinto, perfeitamente, como um membro. discordo de muitas coisas e, hesitando, às vezes, pois não quero desconfortar alguém, afasto-me de algumas ações e personalidades.

ademais, devo falar sobre o meu ciclo de amigos que mais desenvolvi relações nesse ano: a galera do futebol - principalmente o fantini e o japones - e algumas outras pessoas ao meu redor - nesse caso, destaco a ana. eles são muito divertidos, de fato. juntamente, eles escutam bastante - e isso se deve, também, pelo fato de eu escutá-los bastante. em contrapartida, a maioria não apresenta ideias que eu penso serem certas - mas não estou dizendo que sou contra aquilo que é externo a mim. não sinto que eles vão me desacelerar em direção ao meu objetivo final - ser aprovado em medicina -, mas sinto falta de progresso, às vezes.

dói dizer isso tudo. os 2 parágrafos acima foram os que mais demorei pra escrever - e, mesmo assim, não falei tudo. já pensei muito sobre isso, ultimamente, mas não consigo dizer isso pra outra pessoa. é algo muito delicado, pra mim, mas sinto que, em um futuro não tão distante, alguém vá querer me escutar e eu vou conseguir me encorajar a tirar esse peso do meu coração e mente.

esse foi o contexto da minha vida e algumas dissertações sobre coisas que eu necessitava tirar da minha mente. cara, eu não falei nem metade do que eu quero, mas não quero desorganizar tudo ou gastar mais meia hora falando outras coisas. seja feliz com tudo que eu disse.

minha expectativa pra esse enem: no mínimo, desde que a prova se mantenha em um nível parecido com os dos simulados, 140 acertos. sinto que não consigo prever, com relativa precisão, minha nota, pois, atualmente, sinto inconsistência severa em minhas redações. entretanto, aposto em, também no mínimo, 740 ou 750 de nota. eu estaria satisfeito com essa nota.

eu dei um tom muito melancólico para essa carta, mas eu juro que não estou triste. como eu disse, sinto-me no auge da minha vida, mas nem tudo são flores. ainda tenho pensamentos negativos acerca de temas indispensáveis para mim, a exemplo da falta de conexão verdadeira com meu mais antigo e duradouro grupo de amigos. tudo se resolverá no final, se Deus permitir. o segredo é levar a vida na tranquilidade, mas tentando, ao máximo, proteger suas crenças e amores. fiz esse parágrafo para tranquilizá-lo, por mais triste que eu soe.

escrevi essa carta durante a última hora. refleti, raciocinei e escrevi muito. isso me gerou um cansaço severo. embora eu sinta que ainda consiga destrinchar tópicos do meu cotidiano, concluirei minha cápsula do tempo aqui. obrigado pela leitura, rei. novamente, feliz aniversário. nosso esforço valerá a pena; confie em mim. escreva outra carta quando puder :)